Bom dia pessoas !!!
Uma questão muito discutida entre quem treina é qual exercício seria melhor, a rosca bíceps na barra W ou na barra reta.
Segundo alguns profissionais da educação física, a rosca bíceps na
barra W com pegada aberta dá uma ênfase maior à cabeça longa do bíceps
braquial, já a pegada fechada prioriza a cabeça curta do bíceps
braquial. Outros autores dizem que como a mão na barra W fica em uma
posição semi-pronta a ênfase seria praticamente igual nas duas porções
do bíceps. Na barra reta como a mão fica em posição completamente
supinada, se da uma ênfase maior com a aberta na cabeça longa e com a
pegada fechada na cabeça curta.
O uso da barra reta na rosca bíceps precisa de muita atenção, pois
seu uso prolongado está relacionado a uma grande chance de desenvolver
uma epicondilite lateral (também conhecida como cotovelo de tenista) ou
uma epicondilite medial (ou cotovelo de golfista) devido a grande
estresse articular que esse exercício proporciona aos tendões próximos a
cápsula articular do cotovelo.
A epicondilite trata-se de uma agressão mecânica no epicôndilo
lateral ou medial do úmero, local de origem dos tendões dos músculos
supinador do ante braço, extensores e flexores do punho e dos dedos.
Normalmente é causada por esforços de tração do músculo em movimentos
repetidos ou por tensões repetitivas na articulação do cotovelo que
geram micro-rupturas dos tendões junto à sua inserção no osso, e como os
tendões têm pouca vascularização a sua regeneração é mais difícil e
lenta. Geralmente começa como uma ligeira impressão dolorosa no
cotovelo, mas se o esforço repetitivo for continuado a dor vai piorando
progressivamente, podendo se irradiar para o antebraço, punho e mão, a
área atingida torna-se dolorosa ao toque dificultando até mesmo
atividades leves.
O diagnóstico é essencialmente clínico, a primeira medida sempre será
procurar interromper a causa da patologia, ou seja, parar com o esforço
repetitivo ou a sobrecarga local, em conjunto emprega-se tratamento
medicamentoso com anti-inflamatório e fisioterapia local, muitas vezes é
necessário imobilização do membro, caso não haja melhora pode haver
necessidade de intervenção cirúrgica. Estes tratamentos variam de caso a
caso. O retorno às atividades deve ser lento e gradual, devendo-se
evitar qualquer exagero. Exercícios de alongamento junto com um
aquecimento antes das atividades físicas ajudam a prevenir as lesões de
ligamentos, tendões e articulações.
Sempre que se sentir algum incômodo, ou dor na execução de qualquer
exercício de sua rotina de treino, comunique ao seu professor, para que
ele possa tomar as devidas providências para evitar o agravamento do
quadro.
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