Bom diaaa
Muita gente acredita que o stiff e o good morning são exercícios exatamente iguais. Apesar de serem baseados no mesmo movimento, eles tem diferenças fundamentais.
Quem busca glúteos mais desenhados e bem desenvolvidos, sabe que o movimento de flexão de quadril é o que mais solicita tal musculatura. Pois bem, neste sentido alguns exercícios são muito indicados para este objetivo, pois tem como motor primário a musculatura alvo. É o caso do stiif e do good morning, que tem com diferença principal, a localização da carga. Mas será que isso impõe alguma diferença no exercício? Com toda a certeza sim!
Para entender isso, temos que ir buscar na biomecânica as explicações! O primeiro ponto a ser levado em conta é a questão do braço de momento de resistência e a aplicação das alavancas.
Stiff e good morning são iguais? Não na biomecânica!
Não vou me ater a questões posturais e de execução de cada um destes exercícios, pois o foco deste texto é mostrar as diferenças entre estes dois exercícios. Por isso, esta será uma análise da biomecânica do movimento e de suas implicações em seu treino. Não espere encontrar um exercício melhor ou pior, pois isso depende muito do contexto no qual ele estará inserido.
Primeiramente, todos os movimentos de musculação são feitos através da utilização de alavancas (articulações). A força aplicada em cada uma destas alavancas é que faz com que um exercício seja mais ou menos efetivo para a musculatura alvo.
No caso do stiff e do good morning, teremos como alavanca o quadril, que é a articulação envolvida. Neste sentido, o eixo do movimento se encontra exatamente no meio do quadril.
Até agora, tanto o good morning quanto o stiff são exatamente iguais. Porém, agora iremos falar da sua principal diferença, o braço de momento de resistência.
A biomecânica define o braço de momento de resistência como sendo a distância entre o ponto de aplicação de força (carga) e o eixo de rotação. Ou seja, é a distância entre sua articulação e a carga que está sendo usada. Como no stiif e no good morning usamos pesos livres, a gravidade sempre “empurra” o peso para baixo. Desta maneira, o momento de maior torque em ambos é justamente quando o quadril se encontra em 90 º.
Quando temos um braço de momento de resistência, a força aplicada sobre ele é sempre maior, quanto mais distante a carga estiver do eixo da articulação.
Neste contexto, o stiff, que tem a carga nas mãos, tem um menor braço de momento de resistência do que o good morning, tendo em vista que a trajetória da carga é menor. Com isso, podemos concluir que o stiff tem um menor torque e necessita de menos produção de força do que o good morning.
Mas então ele é menos efetivo? Depende muito de como ele é realizado!
Nem sempre, o maior braço de momento de resistência é o mais indicado para que o exercício seja de fato efetivo. Para que possamos manter a qualidade do movimento e de acordo com várias situações, devemos manipular isso com eficácia!
Além destes fatores biomecânicos, temos ainda a questão das musculaturas auxiliares envolvidas. O glúteo máximo e os isquiotibiais são os motores primários do movimento, porém, toda a musculatura do core (abdominal e lombar principalmente) estão envolvidas neste movimento, de maneira isométrica (estática). E este é outro ponto a ser considerado!
No good morning, como a carga está localizada na região cervical, toda a estabilização do movimento fica por conta da musculatura lombar e abdominal. Já no stiff, temos a “ajuda” dos músculos deltoides e dos braços no geral. Com isso, temos mais músculos envolvidos na estabilização do movimento, o que pode ser de grande ajuda em dados momentos.
Perceba que nenhum dos dois exercícios é melhor ou pior. Ambos tem vantagens e aplicações mais indicadas. Por exemplo, alguém que queira um exercício com grande amplitude, sem prejudicar questões posturais, pode optar pelo stiff. Da mesma forma, se você busca um maior torque muscular, o good morning é mais indicado.
Outro ponto é a questão da execução, tendo em vista que como a carga está mais dissipada no stiff, ele tende a ser mais facilmente executado. Além disso, ele é um ótimo “educativo” para o levantamento terra.
Então, qual dos dois devo usar? Depende de quem é você, de como seu corpo se comporta e de quais seus objetivos! Não espere respostas prontas, pois cada caso precisa de um acompanhamento específico. Por isso, é fundamental ter o acompanhamento de um bom profissional de educação física.
Tanto o good morning, quanto o stiff, são muito úteis para o treino de glúteos e de isquiotibiais. Mas para isso, eles precisam estar inseridos no contexto correto.
Também é importante salientar que pessoas com encurtamentos musculares mais severos, problemas articulares na coluna e iniciantes, devem evitar este tipo de exercício. Não que estas pessoas jamais irão poder executá-los, mas para que isso seja viável e seguro, é preciso realizar toda uma preparação!
O que fica evidente é que com a correta montagem de seu treino, os resultados serão muito mais evidentes.
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