sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Epicondilite na rosca direta – como prevenir?

Bom dia galeraaaa !!!

A rosca direta é um dos exercícios mais tradicionais e mais utilizados para ganho de força e massa muscular principalmente no treino de bíceps, uma vez que, esse músculo se torna agonista (ou seja, é ele o agente principal na execução do movimento) nesta ação, e também é ele o responsável pela flexão de ombro e cotovelo e a rotação superior do antebraço. Este exercício pode ser feito em barra reta ou em W e possibilita o uso de diferentes cargas de acordo com o tipo físico da pessoa que está treinando. A barra reta afeta um pouco mais a articulação do cotovelo, mas atinge o bíceps em sua totalidade. No entanto, a barra W modifica a angulação articular, reduzindo minimamente a tensão do tendão, mas aumentando também a tensão e angulação do punho, e diminuindo o alcance muscular ou até mesmo focando em uma parte específica do músculo, sendo assim, as duas formas tem seus benefícios e descompensações. O recrutamento muscular excessivo e alguns erros na execução deste exercício podem implicar em diversas lesões, entre elas, a epicondilite.


O que é epicondilite?

Epicondilite é uma inflamação geralmente acompanhada com micro rupturas dos tendões inseridos nos epicôndilos (partes específicas do osso) do cotovelo, ela ocorre geralmente por esforços repetitivos e por excesso de uso articular, com sobrecarga dos tendões, que é o que ocorre, muitas vezes, na rosca direta. Causa dor local, sensibilidade, muitas vezes edema e vermelhidão. A dor da epicondilite pode irradiar para cima ou para baixo, dependendo do grau da inflamação e ela pode aparecer em movimentos da mão e do punho, como por exemplo, abrir um pote ou carregar sacolas. A dor se inicia leve, mas com a continuidade do esforço, ela vai piorando e se torna sim incapacitante.
Existem dois tipos de epicondilite: a lateral e a medial. A lateral é quando a inflamação se encontra no epicôndilo lateral (ou seja, com os braços esticados à frente do corpo, é aquele que está voltado para o lado de fora do cotovelo, em linha reta para baixo, chega ao dedo mínimo), e este também é muito conhecido como cotovelo de tenista, porque é muito comum os atletas deste esporte possuírem essa patologia. Também é o tipo de epicondilite mais encontrado na população em geral, por ser um pouco mais instável do que a medial, e assim mais suscetível a lesões. A epicondilite medial está no epicôndilo medial (se localiza próximo ao lateral, mas voltada internamente no cotovelo) e esta lesão é conhecida como cotovelo de golfista, por também ser comum nesse esporte.

Tratamento da epicondilite

O tratamento é gradual, uma vez que o tendão, por ter pouca vascularização (sem aporte sanguíneo, é de difícil nutrição, o que impede os reagentes de chegarem até o local e dissiparem a inflamação, não facilitando sua rápida regeneração), traz resultados mais lentos. É imprescindível um período de repouso, com tratamento medicamentoso e fisioterapêutico, podendo até chegar à imobilização do membro ou processo cirúrgico.
A prevenção da epicondilite na rosca direta
Aquecimento: inicialmente, aquecimento antes da rosca direta é essencial, pois é necessário preparar o corpo. Caso contrário, o tendão irá sofrer um tensionamento abrupto e excessivo, o que facilita o aparecimento das micro rupturas.
Cargas: devemos tomar muito cuidado com a carga na hora do treino. Ela deve ser aumentada lenta e gradualmente para não sobrecarregar a articulação.
Cotovelos: eles devem se manter imóveis durante todo o exercício. Ao movimentá-los o exercício não irá trazer os efeitos desejados, pois sua ação muscular é diminuída, e ainda contribuirá para o início das micro-lesões tendinosas.
Postura: sim, a postura também pode prevenir a epicondilite. Aliás, não adianta treinar bíceps, se os músculos estabilizadores da coluna não estão fortes o suficiente para sustentar seu corpo em exercícios mais pesados como este. A coluna deve estar ereta e é importante não compensar a força curvando-a. A postura correta vai possibilitar a melhor estabilização e manutenção do cotovelo durante o movimento, facilitando também a mecânica do exercício.
Intensidade do movimento: também é um fator essencial, tanto para a melhor efetividade muscular do exercício quanto para prevenir possíveis lesões. Quanto mais lento for, maior o período de tempo de ativação e solicitação muscular, ou seja, resultados mais rápidos. Isso também permite a maior estabilidade do cotovelo.
Devemos sempre estar atentos ao movimento que estamos fazendo, é muito mais difícil adquirir uma lesão quando estamos devidamente preparados e sabemos o que e como fazer, e tudo isso, claro, sempre em conjunto com acompanhamento profissional.


Nota
A epicondilite não ocorre apenas na execução do exercício de rosca direta, há relatos também do aparecimento da inflamação na execução da rosca scottO procedimento para se evitar são os mesmos indicados na rosca direta, além da troca da barra reta pela a barra em W.


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