Bom dia
Entenda o que é o efeito rebote (sanfona) e aprenda algumas dicas para tentar evitar esse mecanismo de defesa do organismo!
Muito provavelmente você já ouviu falar sobre o efeito rebote,
mas, acabou por vezes associando-o mais como um termo do que com algo
que pudesse estar acontecendo com você e, adiante, prejudicando seu
ganhos, sejam eles na musculação, em outro esporte ou até mesmo na vida
e, diante a vários objetivos, variando estes desde o ganho muscular até a
perda de gordura corpórea, impedindo seus processo de desenvolvimento
ou até mesmo fazendo-o regredir sem que ao menos percebesse. Talvez, se
usássemos o termo “Efeito sanfona” ou “Efeito vai e vem”, você então, já
saberia sobre o que estamos falando.
Hoje, falaremos um pouco a respeito
desse tal “efeito rebote” e elaboraremos algumas formas de escapar ou
regredir deste que vem sendo um tormento para muitas pessoas.
O que é o efeito rebote?
Você, provavelmente, em algum momento de
sua vida tomou uma drástica decisão, a qual resultaria na mudança por
completo de algo, percebeu que, normalmente o choque para aquela mudança
é relativamente grande, na maioria dos casos. Analogicamente, imagine
uma bola que está em estado de repouso e, por conseguinte, leva uma
força a ela aplicada em forma retilínea e em direção à parede. A grosso e
curto modo, imagine uma pessoa que chuta uma bola em direção a uma
parede. O que acontecerá com a bola? Ela irá para frente, com diferentes
velocidades que variarão com o tamanho da força em que nela é aplicada
(leia-se força do chute), baterá na parede e então…? Sim, ela voltará
(no sentido oposto que foi chutada) com uma força proporcional a que lhe
foi aplicada.
Sendo assim, rebote pode ser descrito
como a volta de alguma ação drástica que você tomou em algum momento.
Quanto chutamos bruscamente uma bola que a princípio está em repouso na
parede, qual é o efeito? Ela, certamente, voltará no sentido oposto.
Fisicamente, esta é uma ação/reação, estabelecido por Isaac Newton.
No corpo humano, rebote significa exatamente a mesma coisa: Uma volta a uma ação anteriormente realizada.
Isso acontece, pois, com os anos evolutivos, o corpo passou a aprender
cada vez mais o mecanismo de supercompensação, ou seja, da mesma forma
em que você faz mudanças bruscas e, recoloca-as em sua vida de maneira
brusca também, isso gera um forte impacto no corpo. A memória então
daquele evento ou fato volta a tona e o resultado é que, como forma de
“precaução” o corpo realiza o tal “rebote”, sendo esse uma ação
compensatória a fim de evitar quaisquer possíveis danos e prejuízos em
uma próxima mudança brusca.
O efeito rebote em termos práticos do dia-a-dia
Um belo e claro exemplo é quando privamos o corpo de um dos sais mais importantes, o sódio. Longos períodos sem quantidades adequadas de sódio fazem com que o corpo comece a reter água como forma de proteção
para uma eventual falta total de sódio (o que causaria desidratação,
desequilíbrios na pressão e na viscosidade do sangue, além de outros
problemas). E esta retenção causa o efeito inverso ao desejado. Além
disso, na primeira oportunidade de ingestão alta de sódio, o corpo
armazenará ainda mais água, seja intramuscular ou subcutânea (o que é
péssimo para definição muscular). Além de, por exemplo, o sódio ser um
mineral essencial na contração muscular, em processos fisiológicos e
biológicos diversos, no auxílio ao controle de eletrólitos e da
osmolaridade no corpo, entre outros aspectos, ele também será, por
exemplo, uma boa fonte, no caso do sal industrialização de iodo,
importante para a proteção da glândula tireóide.
E o que acontece então, quando fazemos
uma dieta pobre ou, em casos burros e extremos, sem carboidratos?
Sentindo falta primária de energia, o corpo irá começar a armazenar gordura
(que é o que melhor sabe fazer) e o efeito será totalmente o contrário
do desejado. Lógico, não devemos levar aqui em consideração uma fase de
depleção de carboidratos ou algo do tipo. Neste caso, a lógica é
totalmente diferente, mas, mesmo assim o efeito rebote existe, porém é
forçado ser utilizado de uma forma inerente ao objetivo.
O efeito rebote com as “dietas de emergência”
O que foi explicado anteriormente já
explica muito dos grandes problemas daquelas dietinhas milagrosas que
acabam ocasionando nas pessoas o tão temido “efeito sanfona”, não é
mesmo? Quando nos propomos a seguir essas dietas malucas da moda, as
quais preconizam grandes mudanças em um curto período de tempo, devemos
ter a devida atenção, visto que isso pode prejudicar não só aspectos
físicos relacionado à aparência, mas, a saúde física e mental também.
Sabe-se que mudanças que ocorram em curto período já não são normalmente
saudáveis e, ainda mais, se tratando de mudanças constantes.
A “dieta do abacaxi”, o “tipo sanguíneo”, do “João da Lapa”,
ou seja lá do que for, certamente são diretrizes sim, de PURO
MARKETING. Pense que esses escritores se quer fazem ideia de quem
estarão atingindo especificamente. Se, com recomendações “teoricamente
corretas” fica difícil uma individualização, quando o assunto torna-se
público, imagine então, com invenções e modismos que prometem milagres e
que, aparentemente “funcionam para todos”… Nutrição, treinamento e descanso devem ser HÁBITOS adquiridos pouco a pouco
e, mesmo esses, com protocolos corretos e individuais, devem pouco a
pouco também, ser aplicados à vida dos indivíduos, a fim de torna-los,
não um choque, mas um hábito que, inclusive se manterá constante,
evitando quedas no progresso.
Seja com déficit calórico muito grande,
com práticas exageradas de exercícios físicos de uma hora para outra, ou
até mesmo em restrição a um nutriente específico, o resultado
provavelmente não será dos melhores.
Dicas para fugir do efeito rebote
E, para você que quer garantir que não irá cair no efeito rebote, é importante conhecer algumas preciosas dicas:
1- Sempre que buscar o acréscimo calórico frente ao ganho de
massa muscular, incremente as calorias pouco a pouco. Grandes acréscimos
podem resultar no aumento brusco de peso e gordura. O resultado será,
além da sobrecarga no corpo, a busca posterior por métodos extremos para
correr atrás do prejuízo;
2- Sempre que visar a perda de peso, retire pouco a pouco as
calorias da dieta. Começar com uma retirada de 400 a 500kcal já será
suficiente;
3- Jamais retire totalmente o sal da dieta.
Não há necessidade do exagero, mas sim, da moderação de quantidades. O
sal e, consequentemente o sódio é um mineral essencial para inúmeras
funções metabólicas e fisiológicas;
4- Esqueça dietas milagrosas e treinos milagrosos que prometem
grande perda de peso ou aumento da massa magra em pouco tempo. Lembre
que esses fatores devem ser INDIVIDUALMENTE projetados;
5- Atenção ao consumo de proteínas. Apesar da importância das
mesmas para a construção muscular e para a vida, alguns estudos apontam a
infusão continua de aminoácidos na corrente sanguínea como possível
estímulo ao bloqueio da síntese proteica;
6- O excesso de treino, apesar de parecer desgastante ao ponto de
lhe fazer obter mais resultados, na verdade pode representar o
contrário. Procure, portanto realizar treinos breves e árduos;
7- Atente-se ao extremismo social. Fugir de tudo e todos pode
fazer com que você entre em um nível de estresse alto o suficiente para
acabar te fazendo desistir de tudo que já conquistou. Saiba ser
balanceado em TUDO. Lembre-se que você é humano, antes de musculador;
8- Liberte-se da dieta ao menos uma vez por semana.
Comprovadamente, isso causará um choque metabólico e aí sim estaremos
usando o efeito rebote ao nosso favor, fazendo com que frente a uma
maior ingestão calórica o corpo não proporcione armazenamento de
energia, mas sim, seu gasto;
9- Procure não se privar de aeróbicos mesmo em off season. Isso
auxiliara a manutenção do percentual de gordura corporal e também
auxiliará melhor o corpo a utilizar a energia ingerida;
10- Não abuse de termogênicos e estimulantes, mesmo que naturais.
A tendência é o corpo se adaptar a eles e quando, por ventura, forem
retirados, as chances de decréscimo metabólico e performance são
evidentes.
Conclusão
O efeito rebote,
basicamente acontece com qualquer privação ou excesso brusco que você
faça ao corpo humano, desde protocolos dietéticos, ao uso de
ergogênicos, sejam eles hormonais ou não. Por isto, evite o efeito
rebote e mantenha sempre o equilíbrio. Lembre-se que o corpo necessita
da busca da homeostase para seu bom funcionamento e, o auxílio
profissional, torna-se bastante evidenciado.
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