Bom dia
Compreenda se o biotipo do individuo influencia no tempo de recuperação do músculo ou não.
Muito
se fala sobre biótipos corpóreos, assim como a influência que eles têm
sobre os caminhos que devemos seguir na musculação frente aos seus
diferentes subgrupos. Em outras palavras, normalmente, costuma-se
disseminar que o biótipo define a forma com que o indivíduo deva
treinar, deva se alimentar e até mesmo descansar. E não é a toa que
vemos frequentemente recomendações para “endomorfos inserirem aeróbios
em sua rotina” ou para “ectomorfos adotarem um treinamento menos
volumoso”, entre outras tantas.
Porém, se tratando especificamente do período de recuperação entre
cada sessão, podemos dizer que o biótipo corpóreo possui essa
influência? Até que ponto devemos descansar de acordo com ele? Aliás,
será mesmo que o biótipo corpóreo seja o melhor indicador do caminho a
ser seguido? Tentaremos responder essas e elucidar melhor a questão do
biotipo e recuperação do corpo no decorrer do artigo.
Os diferentes biótipos corpóreos
Hoje, sabe-se que um indivíduo não possui apenas um biótipo, mas que
ele é uma junção de diferentes grandes biótipos corpóreos conhecidos e
uma ligação de característica entre eles. Isso basicamente implica que
apesar de haver uma influência maior de um ou de outro tipo de corpo,
esse indivíduo possui também características de outro. Porém, a grosso
modo, pode-se dizer que as três grandes divisões são:
Endomorfos:
Indivíduos caracterizados por ossos largos, metabolismo mais lento,
maior acúmulo de gordura subcutânea e maior dificuldade no ganho de
massa muscular seca. Seu ganho de peso costuma ser rápido e sua
qualidade muscular é mais difícil de ocorrer.
Mesomorfos:
Considerados o “tipo ideal para ganho de massa muscular”, eles possuem
bom metabolismo, ossos densos e largos e estruturas grandes. Possuem uma
boa linha muscular, mas, também podem vir a acumular gordura subcutânea
com dieta e incorreta.
Ectomorfos:
Indivíduos de ossos finos, pequenos e franzinos. Com baixo percentual
de gordura, também possuem baixa capacidade para ganho de massa
muscular. Normalmente são indivíduos de baixo peso, mas, que com boa
dieta podem apresentar ótima linha corpórea, devido também ao seu rápido
metabolismo.
Sendo assim, ninguém é puramente ectomorfo, endomorfo ou mesomorfo,
mas podemos ter características ósseas de um grupo, metabólicas de
outro, musculares de outro e etc.
Para definir melhor seu biótipo, você deve entender quais são as
PRINCIPAIS características de cada um que você tem e, as proporções com
as quais elas ocorrem.
As recomendações de treinamento para cada biótipo corpóreo
Recomenda-se popularmente diferentes métodos de treino para cada
biótipo corpóreo cru. Por exemplo, recomenda-se maior volume de treino
para endomorfos, menor volume de treino para ectomorfos e treinamento
denso para mesomorfos. Também recomenda-se a utilização de máximas
cargas com ectomorfos e cargas medianas com endomorfos, a fim de
empregar maior volume de treino. Isso, entre outras tantas predições.
O mesmo se dá ao tempo de descanso e/ou recuperação entre as sessões
de treinamento. Ectomorfos são sugeridos de descansarem mais do que
endomorfos, e mesomorfos em uma proporção mediana. Mas, o que dizer de
indivíduos que, por exemplo, apresentaram-se na história com grandes
linhas de ectomorfismo e através de treinamentos volumosos obtiveram
ótimos resultados? Ou o que dizer de indivíduos endomorfos que tiveram
bons resultados com treinamentos breves e infrequentes? Estariam todas
essas recomendações anteriores erradas?
Na verdade não… Quando falamos de recuperação muscular, devemos entender que essa é uma questão muito mais pessoal do que teórica,
entretanto sua teoria tem de ser existente para que haja uma base de
início de seguimento. Por exemplo, analogicamente, quando temos um
indivíduo que esteja fazendo uma dieta que está sendo eficaz para perda
de gordura corpórea, mas nela está ingerindo muito mais carboidratos do
que o “normalmente devido”, temos uma exceção à regra. Apesar de
sabermos que há uma necessidade de redução de carboidratos para perder
gordura de maneira eficiente, isso pode não ser válido para todo e
qualquer indivíduo. Da mesma forma, indivíduos podem ter diferentes
recuperações com diferentes estímulos e intensidades em seus
treinamentos.
Mas então, como saber qual deva ser seu melhor período de recuperação?
Para saber qual é o seu melhor tipo de recuperação, nada melhor do
que tentar, entretanto, o feeling é uma grande arma para analisar isso.
Observe não somente a chamada dor tardia pós-treino, como muitos
costumam levar em consideração, mas observe também aspectos como suas condições
motivacionais mentais, sua progressão ou não no treinamento seguinte,
uma resistência ao realizar o treinamento seguinte, possíveis dores e/ou
desconfortos em tendões, ligamentos e articulações, entre outros pontos. É necessário que todos estes pontos estejam 100% para você estar REALMENTE recuperado.
Independentemente de qual seja seu biótipo, o importante é estar
recuperado, pois, do contrário, você enfrentará problemas como queda de
performance, overeaching, overtraining, chances de lesões, entre outros.
Muitos negligenciam essa importância, pois pouco sabem o valor que ela
tem para a progressão sempre contínua nos treinamentos.
Conclusão:
Concluímos que nem tudo o biotipo é um ditador de regras. Na
recuperação pouco importa o tipo de biotipo, pois não existe uma
recuperação adequada para cada tipo de biotipo. O que existe é uma
recuperação adequada para cada tipo de pessoa. Existem pessoas que com
48h estarão bem, como existem pessoas que precisam de 96h, enfim, tudo
varia e irá depender de como seu corpo irá responder. E essa resposta,
só você saberá e só você descobrirá. Portanto, em tentativas e erros,
consideremos as necessidades individuais e não as regras como principais
agentes na hora de decidir o quanto nós devemos nos recuperar.
Lembre-se que, independente do tempo, o importante é SEMPRE estar bem
recuperado na próxima sessão de treino, visando assim novas adaptações e
obtendo progressos lineares.
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