Bom diaaaaa
O Hipercalórico nada mais é do que um
misto de macro e micronutrientes juntos em uma única solução. Em média
sua composição é entre 70-80% oriunda de carboidratos, 10-15% de
proteínas e 5-10% de gorduras. Alguns deles apresentam uma maior
quantidade de proteína mantendo relação de 2 carboidratos para 1
proteína, e são chamados de hiperprotéicos. Os minerais e vitaminas
adicionados a mistura formam o ambiente propício para o anabolismo
muscular, uma vez que as vitaminas e minerais agem diretamente no
metabolismo dos macronutrientes e mantém a homeostasia interna corpórea.
Para que serve o Hipercalórico
Em geral aumenta a oferta energética, o
ideal para quem tem um gasto energético total muito alto e não conseguem
suprir somente com a alimentação. Quem se beneficia da solução
hipercalórica são atletas e indivíduos que não tem tempo para fazer uma
refeição sólida, ou sentem desconforto em apenas uma refeição ingerir em
média cerca de 900-1000Kcal.
Segundo (Biesek e Colaboradores, 2005)
indivíduos que se exercitam com regularidade deveriam consumir durante o
dia uma dieta com 55 a 60% de calorias provindas de carboidratos. As
maiores fontes nutritivas de carboidratos consistem na sua maioria em
frutas, vegetais e grãos, porém esses alimentos nem sempre são
consumidos pelas quantidades suficientes por maioria das pessoas
(McArdle e Colaboradores, 2001), ai que começa a suplementação por
bebidas e suplementos a base de carboidratos indicadas por
nutricionistas. Quem não tem aquele “cash” para comprar um
whey isolado, hidrolizado ou concentrado utiliza o hipercalórico no
pós-treino. No pré-treino a mesma também é utilizada, porém não é muito
recomendada, muitos deles tem em sua composição os carboidratos
maltodextrina e dextrose, e se utilizado em momentos muito próximos ao
treino pode levar a náuseas e tonturas por uma maior ativação do
hormônio insulina.
Outros desses hipercalóricos contêm até
uma quantidade de proteínas “razoáveis”, chegando próximo à quantidade
das wheys concentradas. Porém, não passam de proteínas de baixo valor
biológico, como é o caso das proteínas contendo soja e trigo, limitantes
no aminoácido lisina, interferindo assim em uma melhor síntese
proteica, necessitando de cereais para completar e formar um aminoácido
essencial.
Benefícios do Hipercalórico
Com um alto consumo de carboidratos
começa a se armazenar novas moléculas de glicose, o glicogênio. O
glicogênio é um polissacarídeo que é encontrado no músculo esquelético e
fígado de humanos e animais, com a morfologia irregular e ramificada,
sintetizada a partir de moléculas de glicose na glicogênese, podendo
variar de poucas centenas a milhares de moléculas de glicose ligadas
entre si como uma “cadeia de linguiça”, mantendo certos pontos de
ramificação para se ligar com novas moléculas adicionais de glicose
(McArdle e Colaboradores, 2001).
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O excesso de carboidrato do hipercalórico engorda? Não,
qualquer macronutriente tem seu valor energético, no caso dos
carboidratos e proteínas possuem 4Kcal, e os lipídeos 9Kcal. O que
“engorda” é o desequilíbrio do que é gasto e de quanto é necessário de
energia diariamente.
O hipercalórico é uma maneira de suprir as energias de um treinamento? Sim,
a combinação de carboidratos, proteínas e lipídeos com toda certeza dão
um total de energia por refeição bastante alta. O treinamento quando
alto necessita desta reposição.
O alto valor de carboidrato no hipercalórico ajuda o desempenho no esporte? Sim,
estudos já mostram que o substrato “preferido” para o músculo nos
primeiros minutos de prova ou competição são os carboidratos. Além de
que, quando consumidos em altas doses se guarda uma reserva nos músculos
e fígado, o glicogênio. Este é outro fator primordial no exercício, sua
deficiência é sinônimo de fadiga em grande parte dos casos.
Referências Bibliográficas:
Biesek, S.; Alves, L. A.; Guerra, I.
Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Barueri-SP: Editora
Manole, 2005, Cap. 1, p. 3-18. 506p;
McArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L.
Nutrição para o desporto e o exercício. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara; 2001. Cap 1. 4-35. p.694.
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