Bom dia galera !
O método da pré-exaustão é bastante controverso, pois existem pessoas e estudos que o defendem e outras que dizem que não funciona. Veja agora uma análise específica do caso do supino reto!
Na busca por melhores resultados na musculação, lançamos mão de estratégias específicas, para que seja possível alcançarmos melhores estímulos. De uma forma geral, o que se busca nestes novos métodos são estímulos específicos, que possam gerar mais microlesões teciduais. O método da pré-exaustão é um destes.
Porém, seria leviano dizer que o método da pré-exaustão é a única maneira de conseguirmos hipertrofia, ou que ele se enquadra em qualquer situação. Ele é sim um método que pode surtir bons resultados, mas precisa ser feito dentro de um contexto correto. Existem diversos estudos que mostram que ele não é adequado para determinadas situações.
Augustsson (2003) realizou um estudo onde foram analisados os efeitos da pré-exaustão nos músculos da coxa. Para isso, foi realizado incialmente o exercício de extensão de pernas (cadeira extensora), e logo em seguida o Leg Press 45º. Os resultados mostraram que a execução da cadeira extensora promoveu queda na ativação dos músculos do quadríceps durante o Leg Press. O que pode ser a causa de tal situação, é que a força maior foi exercida por músculos sinergistas, como isquiotibiais, adutores e tríceps surral.
É lógico que este estudo apresenta uma série de limitações e que existem outros que contradizem ele. De uma maneira geral, a pré-exaustão não é uma unanimidade no mundo da musculação. Porém, ela pode surtir efeitos bastante interessantes se usada da maneira correta.
Pré-exaustão no supino reto, o que a ciência mostra?
Em um estudo de Rosa (2014) foram analisadas as influências do método de treinamento de pré-exaustão sobre o exercício supino reto. Para esta finalidade, foram selecionados 4 indivíduos considerados intermediários no treinamento de força. Como a pré-exaustão pode ser aplicada de diferentes formas, neste estudo foram usados exercícios para tríceps, a fim de fadiga-lo, antes do exercício de supino reto.
Como este é um movimento multiarticular, que envolve uma adução horizontal do ombro, somada a uma extensão de cotovelo. Este último movimento é realizado de maneira primordial pelo tríceps braquial. Neste sentido, a pesquisa apresentada buscou encontrar os efeitos desta prática específica da pré-exaustão.
O que chama a atenção neste estudo, que se baseou em eletromiografia, é que dos indivíduos estudados, 2 apresentaram maior ativação do peitoral maior com a utilização de exercícios de pré-exaustão. Por outro lado, os outros 2 indivíduos estudados não apresentaram nenhuma melhora com a utilização de pré-exaustão do tríceps braquial.
Mesmo sabendo que tal estudo tem limitações, afinal estudou uma população altamente restrita, temos que levar isso em conta. O método da pré-exaustão só será de fato efetivo, se tivermos resultados melhores do que os que temos nos métodos tradicionais de treino. Caso contrário ela não implica em uma vantagem sob o ponto de vista da hipertrofia.
Por isso, é importante ter clareza que a pré-exaustão executada desta maneira precisa ser feita de modo seletivo. Uma das explicações mais plausíveis para estas diferenças é que cada pessoa usa de maneira singular os músculos antagonistas (neste caso o tríceps braquial).
Além disso, se este estudo usasse exercícios uniarticulares específicos para o peitoral, com certeza teríamos resultados diferentes. Isso porque o estímulo seria diferente, já que teríamos mais repetições para um mesmo músculo, prevalecendo o potencial metabólico de tal exercício.
No caso do supino reto, a pré-exaustão do tríceps pode não ser tão eficiente em alguns casos.
Em outros movimentos, temos que ter uma análise especiífica. Mas o que fica claro é que a pré-exaustão é eficiente em determinados casos e em outros não. Por isso, é muito importante ter o acompanhamento de um bom profissional!
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